Riffs do Made In Brazil
Olá, amigos!
A transcrição dessa vez, é de alguns riffs do Made in Brazil, a banda brasileira de rock e blues que está há mais tempo em atividade, desde 1967!
Eu já era fã da banda, mesmo antes de ouvi-la, pois me identifiquei com a proposta visual e a temática das letras em português, que acompanhava pelas revistas de rock dos anos 1980. Quando comecei a comprar seus discos e ouvir as raridades em K7-s, pirei de vez!
Certamente, a postura rocker da banda me chamou a atenção logo de cara, mas os riffs de guitarra tiveram uma importância fundamental, pois eu já tocava guitarra há algum tempo. São simples e básicos, além de serem bem envolventes.
Escolhi dois exemplos do álbum “Jack, O Estripador” (1976): a própria faixa-título e “Vou Te Virar De Ponta Cabeça”, ambas com o vocal de Percy Weis (in memoriam). O primeiro, tem uma guitarra solo chamando o riff de abertura, com um forte vibrato. Este riff, feito com power chords, inicia no contratempo, que é uma característica natural ao estilo rock’n roll, e depois segue com a levada rítmica tradicional, com apoio em sextas. Esse mesmo tipo de levada é a que é utilizada no riff de “Vou Te Virar De Ponta Cabeça”. Construído apenas em um compasso quaternário, mas com a mesma antecipação de colcheia que o riff anterior, ele é tocado apenas nas cordas cinco e seis, com um leve bend de ¼ de tom, na nota dó, para dar um efeito bluesy. Ainda transcrevi a parte da base durante a voz, ou estrofe, que tem dois power chords a mais. Para encerrar, escolhi o riff de “Kamikaze Do Rock”, gravada na coletânea “Metal Rock” (1985), e depois relançada no álbum “Deus Salva… O Rock Alivia”, do mesmo ano, apresentando o célebre vocal de Cornélius Lúcifer (in memoriam). É a música mais rápida destas e foi lançada bem no auge do Heavy Metal no Brasil, com o advento do Rock in Rio Festival, em janeiro de 1985. Em estúdio, ela é tocada com um bicorde a mais, na primeira vez, mas depois segue sempre numa estrutura com dois bicordes, além da técnica de palm mute, na quinta corda solta. Ao vivo, ela era executada sem este acorde a mais, na primeira vez. Fiquei na dúvida e entrei em contato com o amigo Daniel Gerber, guitarrista do Made in Brazil na época destes lançamentos, que prontamente me confirmou que, realmente, ao vivo, a introdução era tocada com esta leve diferença. Obrigado pelo help!
O mais legal de tudo isso, é que participei, como convidado, de vários shows da banda e pude tocar boa parte de seu repertório!
Espero que se divirtam ao tocar estes riffs, tanto quanto eu ao recordá-los!
Viva o Made in Brazil & os irmãos Vecchione, por manterem acesa a chama do rock e blues em nosso país, por mais de cinco décadas!
Abraços,
Milton Medusa.