6 de agosto de 2020

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por: Milton Medusa

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Categorias: Aulas de Guitarra, Guitar class, RIffs de guitarra, S.P. Metal

Riffs do S.P. Metal

Olá, amigos!

O tema de hoje é um tributo à coletânea “S.P. Metal”, lançada pelo selo Baratos & Afins”, em 1984, com algumas das bandas mais significativas do movimento heavy metal paulista. Eu acompanhei este momento com muito entusiasmo, através da revista Metal e dos jornais, até chegar a assistir aos shows destas bandas e adquirir o álbum, em janeiro de 1986, na própria loja Baratos & Afins.

Separei os riffs de duas músicas do álbum, que as considero bem representativas: “Cabeça Metal”, do Salário Mínimo, e “Portas Negras”, do Centúrias. Toda essa primeira geração de bandas de metal brasileiras, foi muito influenciada pela cena da NWOBHM (New Wave Of Britsh Heavy Metal), além das já tradicionais Black Sabbath, Deep Purple e Judas Priest. Então, essas composições seguem essa linguagem, baseada em riffs com power chords, em tons menores, assim como a aua linha melódica. O grande diferencial é que as letras são em português, algo que foi desenvolvido nos anos 1970, por bandas como Made in Brazil, Patrulha do Espaço e Casa das Máquinas, por exemplo, mas adaptadas ao heavy metal da década de 1980.

O hino “Cabeça Metal”, do Salário Mínimo, foi gravada pelo guitarrista e fundador da banda, Júnior Muzzili, e apresenta em sua introdução, uma frase no tom de lá menor, que depois é repetida uma oitava acima, por uma segunda guitarra. Esta segunda guitarra, segue com um breve solo, mas me preocupei em reproduzir somente o riff com power chords, que apresenta a típica levada “cavalgada”, desenvolvida pelo Iron Maiden, num andamento bem cadenciado, dando a deixa para o carismático vocalista China Lee, mostrar todo o seu talento.

Já “Portas Negras”, do Centúrias, faixa gravada pelos guitarristas Paulo Roberto “Paulinho” e Fausto Celestino, é um típico heavy metal com andamento bem rápido, no estilo do Judas Priest. Composta no tom de ré menor, inicia com a sequência harmônica tradicional do estilo, sendo executada pela banda inteira com acentuação a cada dois compassos. Logo a seguir, o riff é apresentado somente pelo baixo, para depois continuar com a entrada da bateria de “Paulão” Thomaz e da guitarra. Trata-se de um riff construído nas cordas ré e sol, sobre a sequência harmônica da composição, utilizando as figuras rítmicas semínima e colcheia, com deslocamento de acentuação. Seu rápido andamento, exige boa precisão na execução.

Deixo aqui o agradecimento ao parceiro Fernando Tavares, por me ajudar a conferir estas transcrições.

Espero que você toque bastante estes riffs clássicos do heavy metal brasileiro!

Abraços e bons sons!